Quem Somos

O CEN (Coletivo de estudantes Negros) surge de uma necessidade de unir não só estudantes afro-descendentes e oriundos camadas populares, mas também todos os estudantes que percebem a necessidade de abordarmos questões que surgem a partir da inserção do negro em um espaço que é tradicionalmente da elite, em sua maioria branca.

Criado em 2011 por estudantes negros de vários cursos, o CEN tem como proposta resgatar e fortalecer o movimento negro dentro e fora da Universidade. Acreditamos que a luta contra o racismo e a opressão é diária, assim como nosso direito de exigir uma universidade que tenha a nossa cara, que respeite e reconheça nossa cultura. Nosso objetivo é cobrar uma real democratização do acesso e permanência dos estudantes na Universidade, exigir da instituição não só maior interesse na causa negra e na recuperação de nossa cultura e identidade, como também maior legitimidade as nossas ações.

Tendo em vista a discussão e adoção da política de bônus na UFMG e mais tarde, após muita luta dos movimentos negros e de mulheres negras, a constitucionalidade das cotas, faz-se necessária a discussão acerca das políticas afirmativas na Universidade e nas políticas públicas voltadas a população negra na sociedade, para que estas conquistem uma real inclusão dos negros e pobres.

Acreditamos que as questões devem ser compartilhadas com os alunos, estes como participantes do processo e que podem indicar erros e acertos, pra que eles possam se conscientizar do que realmente é ser um aluno negro em uma instituição que sempre esteve a serviço de uma classe específica. Desejamos construir uma UFMG que realmente respeite e valorize a diversidade, que seja capaz de criar um ambiente realmente plural e rico. A quantidade de alunos que se auto-declaram negros ainda é bem menor em relação aos declaradamente brancos.  Os negros abandonam cada vez os estudos mais cedo e chegam a número reduzido nas Universidades, assim temos poucos alunos negros e consequentemente poucos professores negros, resultando na marginalização dos mesmos e como consequência, piores empregos, piores condições de moradia, de saúde, dentre outros. Conforme relatório técnico divulgado pela Copeve, a UFMG só tem dados sobre auto-declaração de cor ou raça a partir de 2003. Isto só demonstra a falta de preocupação da instituição em promover o diálogo acerca da inclusão e permanência dos negros na Universidade.

Estamos organizadxs para mostrar uma outra face da sociedade que ninguém fala, poucos querem e muitos fingem não ver. Queremos reparação e valorização no espaço Acadêmico, fortalecendo os laços para que essa luta seja de todxs nós.

1 comentários:

tamires stefany disse...

Muito bom, sou da UFMT e estou dando uma olhada nos blogs dos coletivos negros das outras Universidades Federais para ver o que está dando certo rsrs uma vez que o Coletivo daqui precisa dá uma melhorada, promover mais ações, está muito acomodado e eu quero fazer algo pra mudar isso. Blog muito bom , queria entrar em contato com algum de vocêS :)

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